Brasil, o mundo a escutar-te, Pergunta hoje: “O que é?” Ah! Terra de minha vida, Responde às Nações de pé!
Das montanhas altaneiras, Dentro das próprias fronteiras, Alonga os braços - Sansão! Sem prepotência ou vangloria, Grava no livro da História, Novo rumo à evolução!
Contempla a sombra da guerra, Dragão do lodo a rugir, Envenenando a Cultura, Ameaçando o Porvir!... Fala - assembléia de bravos - Aos milhões de homens escravos Sábios loucos, Prometheus... Do píncaro a que te elevas Dissolve os grilhões das trevas Na fé que te induz a Deus!
Brada - gigante das gentes - Proclama com destemor Que o Cristo aguarda na Terra Um novo mundo de Amor! Ante a grandeza que estampas, Os mortos voltam das campas, Sublimando-te a visão! Ao progresso, Fernão Dias! O Dever mostra, Caxias, Deodoro, a renovação!
Dos sonhos do Tiradentes, Que se alteiam sempre mais, Fizeste Apóstolos, Gênios, Estadistas, Generais...
De todos os teus recantos Despontam palmas de santos, Augusto pendões de heróis!... Astros de brilhos tamanhos Andrada, Feijó, Paranhos, Em teus céus brilham por soes!
Desde o dia em que nasceste, Ao fórceps de Cabral O tempo se iluminou, Na Bahia maternal! Hoje, que o mundo te espera Para as leis da Nova Era,
Por Brasília envolta em luz, Que em ti a vida se integre, De Manaus a Porto Alegre, No Espírito de Jesus!...
Ao resguardar o Direito, Mantendo a Justiça e o Bem, Luta e rasga o próprio peito, Mas não desprezes ninguém!
Levanta o grande futuro, Ergue tranqüilo e seguro, A paz nobre e varonil! À humanidade que chora, Clamando: “Senhor... e agora?!” O Cristo aponta: Brasil!
Moe é o mais pateta de todos os patetas. O mais ranzina, o mais descabido e patético de todos os charlatões que conhecemos na comédia norte-americana. Moe é o clássico idiota. Ele sempre acha que está por cima e acaba sempre se dando mal, sofrendo mais do que os outros. Moe é orgulhoso, prepotente, se julga muito esperto, mas na verdade ele é tudo de quem sentimos dó. Moe é infeliz. Moe não faz idéia de como é melhor admitir ser um pateta do que tentar com todas as forças não sê-lo. Moe mente muito mal e sempre é descoberto. Moe fere as pessoas que ele ama, mas elas sabem que no fundo é porque ele é um grande solitário dentro de seu ego.
Eu conheci Moe, uma vez. Passei três anos da minha vida tentando explicar pra ele por quê ele estava sempre tão incompleto, embora tudo parecia girar à sua volta. Moe não quis saber, pois ele se julga imutável. Este é Moe. Um intelectual falido que se julga muito inteligente e esperto, mas que na verdade está sempre levando O MAIOR NÚMERO DE TORTADAS na chulapa.
"O Brasil é um país onde os inteligentes se acham burros e os burros se acham inteligentes. Grandes intelectuais surgem todos os dias neste local, mas eles queriam, na verdade, ser jogadores de futebol. É um lugar em que qualquer um é um jogador frustrado. O mico leão dourado é um animal frustrado porque não é humano para jogar futebol; o bicho preguiça tem preguiça porque já que não pode jogar futebol, prefere não fazer nada; e os políticos sabem que, conquanto não roubem os clubes de futebol, está tudo bem. De acordo com o IBGE, há cento e setenta milhões de pessoas morando neste país, mas pelo tanto de gente que briga por terra, por comida e por trabalho, deve ter, no mínimo, uns três bilhões. A não ser que tenha uma meia dúzia de pessoas que fique com tudo, mas esta é uma hipótese pouco plausível"
Sim, esta Gabriela está sem internet e portanto fica cada vez mais impossível atualizar esta merreca não-concreta. Mãe, espero que você entenda - minha leitora mais fidedigna e curiosa - risos. Hoje é sexta-feira, eu tenho 2 livros pra ler e estou muito bem. A esbórnia me faz falta. Ainda vou contar sobre a esbórnia. Mas isso requer paciência e tempo livre diante de um PC que não tenha trabalho e nem mulheres ensandecidas cobrando que eu personifique um homem ranzinza na crise da meia-idade - alguém já se perguntou por quê eu tenho tanta facilidade com isso? rs - "Em fim", eu gosto de ser a tia véia, só quem já passou por isso é que sabe o quanto é terapêutico e aliviante. Mas isso é outra história. Parabéns pra Scul e Bru, mande lembranças ao Zé Corvo por mim. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK. Bisous.
Usar da ironia o dia todo pode ser extremamente prejudicial ao convívio social, portanto só o faça com quem tem condições suficientes para se defender ou com quem você não dá a mínima. A ironia oferece um poder que nem sempre você gostaria de ter. Ele é altamente destrutivo, como uma arma carregada que você nunca sabe quando pode disparar. Tem que ser manuseada com cuidado e moderação, para não se tornar ponto-comum. Pessoas efusivas ou mentalmente impacientes tendem a se magoar ainda mais com os efeitos da ironia. Tenha paciência. Elas chegarão lá um dia.
peso: 60 quilos. idade: 25 anos. namorado: nenhum. metas: duas. ias na academia: nenhum. idas à terapia: milhares. almoço com velhas amigas: um. recaídas: uma.
Não perdi o hábito ainda, gosto muito de escrever, embora eu viva fazendo isso através de um homem de 49 anos com aversão à compromissos. Qualquer semelhança com a vida real desta que vos escreve NÃO é mera coincidência. Estava hoje mesmo conversando sobre a duplicidade das pessoas - não só aquelas geminianas, mas todas em geral - e cheguei à conclusão de que todo mundo tem um universo de coisas dentro de si e o que define o caráter de alguém é por que meios desse universo você prefere agir.
Hoje, por exemplo, eu acordei com saudade de Portishead. Se minha mãe estivesse presente, iria dizer que eu sou maníaca-depressiva. É bem capaz que ela esteja certa, mas maníaca-depressiva não é TUDO que eu sou. No meu mp3 player tem de Almir Guineto até Pink, passando por tudo o que estiver nesse meio e agrade aos meus ouvidos. Pouco exigente? Talvez. Talvez eu só goste muito de música.
O Portishead foi formado em 1991 em Bristol, Inglaterra (por que isso não me surpreende?). Beth Gibbons é o que minha avó consideraria como Janis Joplin se tivesse a minha idade. Não me levem a mal, eu amo a Janis, mas Beth traz tudo que eu sempre quis dizer à tona e ninguém precisa entender. Só eu. Muito boa samaritana, eu divido com quem eu amo todas as coisas boas da vida.
O álbum Dummy, de 1994 - o primeiro da banda - é bom do início ao fim, principalmente se você estiver em uma fase adolescente rebelde sem perspectiva ninguém te entende, etc. Ou simplesmente estiver com saudade de música boa pra ouvir de tempos em tempos.
Numb é a faixa mais modinha do álbum, provavelmente você conheça e goste. Se isso for verdade, faça o favor de ouvir também:
Incapaz, tão perdida Eu não consigo achar o meu caminho Tenho procurado, mas eu nunca vi Uma volta, uma escapatória de todo engano Por que as crianças como rosas Tentam revelar o que eu poderia sentir Eu não consigo mais me entender Mas eu ainda estou me sentindo sozinha Me sentindo tão profana Por que as crianças como rosas Tentam revelar o que eu poderia sentir Mas essa solidão Não vai me deixar em paz Estou enganando alguém Um caminho sem fé pra vagar Enganando para inspirar isso secretamente Esse silêncio, um silêncio que não posso tolerar Por que as crianças como rosas Tentam revelar o que eu poderia sentir Mas essa solidão Não vai me deixarem paz Mas essa solidão Não vai me deixarem paz Uma dama da guerra. . .
p.s.: Rafa Palacio! Quanto tempo, Junior. Seja bem-vindo. Você mora aqui ó *aponta pro peito*
Há 5 meses atrás eu pisei pela primeira vez em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos. Vocês podem achar muito bonitinho ser uma Garota Interrompida, mas a verdade é que naquele primeiro dia, doia demais sorrir. Um milhão de pensamentos confusos e errados passavam pela minha cabeça e eu me senti sozinha pela primeira vez na vida, totalmente incapaz de perceber que era ali o meu lugar. No dia 16 de setembro de 2008, eu entrei na Instituição onde eu passaria os próximos 30 dias. Lá eu conheci o muita gente que no começo me assustou. A mentirosa, o popular, o revoltado, o mais sofrido, o ator, o pai de todos, a dissimulada, a lésbica, o conquistador, o reincidente, o com problemas na bexiga, o sorridente. Primeiro eles eram só rótulos, como o meu, que deve ter sido um enigma. Quando eu cheguei lá, meus pulsos ainda doíam pelos pontos recém tirados. A dor me fazia bem, eu não me sentia sozinha se sentia dor, sentia que estava tendo o que eu mereci. Tinha um caderno de capa dura amarelo e uma caneta bic. Sem telefone, sem fotos, sem livros, sem secador de cabelos, sem perfume, sem maquiagem, só um espelho grande e uma cama com um colchão de ginástica que fazia uma sinfonia à noite. Logo, eu vi que continuar mentindo ia fazer minha estadia ali impossível. Depois de chorar metade do meu carater deformado, eu fui derrubando meus próprios muros e entrando em contato com a realidade. Eu entendi a minha doença, entendi que todas aquelas pessoas eram uma reflexão de mim mesma. Nunca pensei em fugir, mas por diversas vezes, eu ficava esperando pra entender qual era o segredo dos mais veteranos, com a certeza de que eles tinham algum estoque de drogas escondido em algum lugar, alguma pinga caseira feita de quero-quero. Depois isso passou. Há 5 meses, eu deixei meus únicos e verdadeiros amigos. Eu sei que a maioria deles talvez eu nunca mais volte a ver, mas cada um deles tem um pedaço do meu coração.
Fear is what makes me stupid. Not love, fear. Fear of saying whatever the fuck I would like to say right now. There's a whole Universe opening it's long dark tentacles in my direction. And guess what, there's nothing you can do about it unless you are willing to be real.
I have fought my way in and out of this mess we are in, it's the mess we have created. If you fear my past, I may be fearing my future right about now.
Some people shouldn't fall in love unless they are ready. That's me, always struggling to find wich aspect of reality I should love. Unless I am ready to make you a part of my life, wich I am, things shouldn't be that difficult. Never.
You can't see or touch the thin line between me and my past, but it is there. It is finding its way into this madness that is my head, heart and soul right now. I think you should know. You already know we are two of a kind. You make it hard for me to keep going that extra mile right now.
But yes. You'd be so easy to love. Fear. Not love. Fear. Don't fear being without me. Fear being far away from me. Numbness is dangerous to me right now. And I'm running scared from it.